Pelo Socialismo

O partido de extrema-direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, liderou a primeira volta das eleições parlamentares francesas neste domingo, aproximando-o mais do que nunca das portas do poder.

Depois de uma participação excecionalmente alta, o bloco RN obteve 33,15% dos votos, enquanto a coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) ficou em segundo lugar, com 27,99%, e a aliança Ensemble, do presidente Emmanuel Macron, caiu para um péssimo terceiro lugar, com 20,76%, de acordo com os resultados finais publicados pelo Ministério do Interior na segunda-feira.

Numa declaração (aqui em grego) sobre os resultados da primeira volta das eleições parlamentares em França, o Gabinete de Imprensa do CC do Partido Comunista da Grécia (KKE) sublinha:

"As forças políticas, como as da social-democracia e a dos liberais, que durante anos se caracterizaram pela política antipopular à custa do povo francês e de apoio à estratégia da UE e da NATO, não só não podem ser um contrapeso a candidatos repugnantes de extrema-direita como Le Pen, como a sua política, que eles batizam como "democrática" e "progressista", empurra forças trabalhadoras e populares descontentes para aqueles partidos que aparecem com um manto “pró-povo". Eles apontam essencialmente o mesmo caminho que levou ao fortalecimento da extrema direita em França e noutros países.

Uma resposta tanto à extrema-direita como aos novos pseudo-dilemas entre "reação" e "progresso" só pode ser dada por um movimento operário-popular em ascensão, a luta de classes, que terá como alvo as causas que dão origem a estas correntes políticas reacionárias:  a UE, as rivalidades imperialistas e as guerras".

Fonte: In Defense of Communism: KKE on French elections: Only the workers-popular movement can stop the rise of the far-right (idcommunism.com), publicado e acedido em 01.07.2024

Tradução de TAM

Temáticas: Anticomunismo e fascismo