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Quando a Suécia e a Finlândia se candidatam à adesão à NATO, não é porque foram enganadas ou porque os nossos políticos estão vendidos a potências estrangeiras […]. Eles atuam pelos interesses do seu próprio capital. Para eles, isto é necessário na medida em que os conflitos internacionais aumentam e a necessidade de defender os interesses dos capitais suecos e finlandeses em todo o mundo aumentou.

 

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O governo da Suécia apresentou formalmente o pedido de adesão à aliança imperialista da NATO. Numa cerimónia realizada na quarta-feira, 18 de maio, em Bruxelas, o embaixador sueco na NATO Axel Wernhoff entregou o pedido ao secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.

Enquanto o governo sueco, o partido social-democrata no poder, e as demais forças burguesas se renderam completamente às sereias do imperialismo, é importante sublinhar a posição daqueles que, firme e consistentemente, dizem NÃO à adesão do país à NATO: o Partido Comunista (PKS).

 

PKS: Condenamos a adesão da Suécia à NATO e lutamos contra ela

 

Num comunicado (aqui em sueco) sobre a submissão da candidatura da Suécia à NATO, o Partido Comunista da Suécia (PKS) salienta: “A adesão da Suécia à NATO está agora a apenas algumas formalidades de distância e entrámos numa nova realidade, onde o imperialismo sueco deu o passo completo e procura ser membro da aliança imperialista mais forte e importante do nosso tempo”.

O PKS também destaca alguns pontos importantes sobre o imperialismo e a NATO que são significativos para a organização da luta contra a instituição euro-atlântica.
“Quando a Suécia e a Finlândia se candidatam à adesão à NATO, não é porque foram enganadas ou porque  os nossos políticos estão vendidos a potências estrangeiras, que são cãezinhos amestrados. Eles atuam pelos interesses do seu próprio capital. Para eles, isso é necessário na medida em que os conflitos internacionais aumentam e a necessidade de defender os interesses dos capitais suecos e finlandeses em todo o mundo aumentou. No entanto, eles não o podem fazer sozinhos;  “precisam se unir”, diz o comunicado do PKS.

“Isso acarreta um risco significativo não apenas para os trabalhadores da Finlândia e da Suécia, mas para os trabalhadores de todo o mundo, pois a adesão de ambos os países significará uma nova escalada e um agravamento das contradições que caracterizam o sistema capitalista. A guerra aproxima-se da nossa porta e o capital sueco aproxima-se da guerra”, sublinha o Partido Comunista.

O Partido Comunista da Suécia sublinha que um movimento contra a NATO “deve ser baseado no entendimento de que a classe operária não tem nada a ganhar  em se aliar a qualquer país” e “numa posição anticapitalista e anti-imperialista”.

Entre outras questões, o PKS destaca que a luta contra a adesão da Suécia à NATO não deve basear-se em ideias como a perda da soberania nacional. “É a nossa própria burguesia nacional que, com base nos seus próprios interesses, adere a essa organização imperialista; não se trata de uma ocupação ou de um ataque de uma potência estrangeira, mas da classe burguesa sueca agindo com base nos seus próprios interesses. Não se trata, portanto, de qualquer perda de soberania nacional, mas da adesão do nosso país a uma aliança imperialista. Afirmar que a soberania nacional está a ser perdida significa pôr os antagonismos nacionais à frente dos sociais, o que, em suma, significa colocar a luta nacional antes da luta de classes”, diz o comunicado.

O PKS observa que a luta contra a NATO deve ser principalmente anticapitalista. É tarefa dos comunistas “mostrar como o capitalismo gera a guerra, que a guerra sob o capitalismo é inevitável e  que as alianças como a NATO são um produto do capitalismo”, bem como “mostrar que a única solução é um sistema social completamente novo onde o lucro já não é uma força motriz – o planeamento racional baseado nas necessidades humanas é o que impulsiona o desenvolvimento. O socialismo é a única solução para a barbárie capitalista”.

A declaração termina com a frase: “o Partido Comunista da Suécia diz não à NATO e ao imperialismo e condena todos os passos que o imperialismo sueco dá para fortalecer a defesa dos seus próprios interesses no mundo, à custa de todos os povos do mundo”.

 

Fonte:http://www.idcommunism.com/2022/05/communists-save-swedens-dignity-no-to-nato-membership.html#more, publicado e acedido em 20 de maio de 2022

 

Tradução de TAM

 

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