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Rede Voltaire

Antigo embaixador dos EUA em Beirute, depois adjunto de Hillary Clinton para o “Médio-Oriente alargado”, Jeffrey Felman havia já redigido, quando assumiu o cargo em Nova Iorque, em julho de 2012, um plano de capitulação total e incondicional da República Árabe Síria. Com base nisso, fez frustrar todas as negociações de paz, fossem elas dirigidas por Kofi Annan, ou Lakhdar Brahimi, ou Stefan de Mistura. Lavrov indicou ter questionado o novo Secretário-geral da ONU, António Guterres, e ter-lhe pedido para clarificar esta situação. Esta é a primeira vez que a Rússia se interroga publicamente quanto à real autoridade do Secretário-Geral da ONU sobre os seus próprios serviços.

 

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Ao receber o Ministro libanês dos Negócios Estrangeiros e Imigrantes, Gibran Bassil, o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, levantou novamente o véu sobre o funcionamento real das Nações Unidas [1].

Segundo a Carta, a Organização tem por fim regular pacificamente os diferendos entre as nações. No entanto, desde julho de 2012, o verdadeiro poder já não é detido pelo Secretário-Geral, mas, antes pelo seu “número 2”: o Diretor de Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman. Completamente fora de controle, este utiliza os meios da ONU para manter a guerra em todo o “Médio-Oriente alargado”.

Serguei Lavrov revelou que, inquieto pela ausência da participação da Unesco, apesar dos seus compromissos, nos restauros de Palmira, ele acabou por descobrir que esta agência da ONU havia sido proibida por Feltman de cumprir a sua missão.

Acontece que Jeffrey Feltman emitiu, em outubro de 2017, uma diretriz secreta para todas as agências e todos os serviços da Organização, proibindo-os de participar fosse em que ação fosse que pudesse ajudar a levantar a economia síria. O Conselho de Segurança não foi informado desta iniciativa.

Antigo embaixador dos EUA em Beirute, depois adjunto de Hillary Clinton para o “Médio-Oriente alargado”, Jeffrey Felman havia já redigido, quando assumiu o cargo em Nova Iorque, em julho de 2012, um plano de capitulação total e incondicional da República Árabe Síria [2]. Com base nisso, fez frustrar todas as negociações de paz, fossem elas dirigidas por Kofi Annan, ou Lakhdar Brahimi, ou Stefan de Mistura.

Lavrov indicou ter questionado o novo Secretário-geral da ONU, António Guterres, e ter-lhe pedido para clarificar esta situação.

Esta é a primeira vez que a Rússia se interroga publicamente quanto à real autoridade do Secretário-Geral da ONU sobre os seus próprios serviços.

Questionado na sede em Nova Iorque pela agência Tass, o porta-voz da Organização, Stephane Dujarric, declarou que, de momento, a ONU se concentrava sobre a busca de uma “solução política” na Síria [3].

No mesmo encontro com a imprensa, em Moscovo, com o seu colega libanês, Serguei Lavrov revelou, igualmente, que os ataques realizados contra as áreas libertadas do Sul da Síria são feitos por combatentes baseados no campo de refugiados de Rukban. Ora, este é protegido pelas forças dos EUA, da base ilegal de Al-Tanf (fronteira jordana) e, portanto, inacessível aos observadores internacionais.

 

Notas

[1] “Sergey Lavrov news conference with Gebran Bassil”, by Sergey Lavrov, Voltaire Network, 20 de agosto de 2018.

[2] “A Alemanha e a ONU contra a Síria”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Al-Watan (Síria), Rede Voltaire, 28 de janeiro de 2016.

[3] “UN says focused on political process in Syria rather than on reconstruction” (“ONU diz-se focada no processo político na Síria mais do que na reconstrução” - ndT), Tass, 20 de agosto de 2018.

 

Fonte: http://www.voltairenet.org/article202581.html, publicado em 2018/05/23, acedido em 2018/08/31

 

 

Tradução: Alva

 

 

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